Testosterona Propionato 30ml Blue Pharma

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Descrição

Perfil do Propionato de Testosterona

O propionato de testosterona é uma solução de testosterona comumente disponível em frascos de 30 ml, contendo 100 mg por ml. A testosterona, um hormônio esteróide androgênico, desempenha um papel crucial no desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas. Ela é absorvida pelo trato digestivo, pela pele e pela mucosa bucal. No entanto, quando ingerida por via oral, a testosterona passa por um extenso processo de metabolismo de primeira passagem no fígado, o que reduz significativamente sua eficácia. Portanto, para aumentar sua eficiência, a testosterona é frequentemente administrada por vias intramuscular, subcutânea ou transdérmica.

Para contornar a rápida metabolização hepática, a estrutura básica da testosterona é frequentemente modificada. A alquilação na posição 17 alfa é uma técnica utilizada para criar derivados que são metabolizados de forma mais lenta pelo fígado, permitindo assim a administração oral. Outro método é a esterificação do grupo hidroxila na posição 17, o que aumenta a lipossolubilidade do composto. Isso resulta em uma absorção sistêmica mais lenta quando injetada intramuscularmente, prolongando o efeito da testosterona no organismo. A taxa de absorção dos ésteres da testosterona está diretamente relacionada ao tamanho do grupo éster, influenciando a duração da ação do hormônio no corpo.

Descrição Detalhada do Produto

Cerca de 80% da testosterona no plasma se liga à globulina de ligação a hormônios sexuais (SHBG), o que regula sua biodisponibilidade. Derivados como a 19-nortestosterona e os 17-metilados apresentam uma ligação reduzida a essa globulina, o que pode alterar sua eficácia e perfil de ação. A meia-vida de eliminação da testosterona no plasma varia entre 10 e 100 minutos, indicando que o corpo metaboliza a testosterona de maneira relativamente rápida.

A metabolização ocorre principalmente no fígado, onde a testosterona é oxidada no grupo OH-17, formando androstenodiona, que é posteriormente convertida em androstenolona, uma substância fracamente androgênica, e em etiocholanolona, que é inativa. Estes metabólitos são excretados na urina principalmente na forma de glucuronoconjugados e sulfatos. Aproximadamente 6% da testosterona é excretada inalterada nas fezes após a recirculação entero-hepática.

Em alguns órgãos-alvo, a testosterona é convertida em diidrotestosterona (DHT), seu derivado mais ativo, pela ação da enzima 5α-redutase. Derivados da 19-nortestosterona tendem a ser menos sensíveis a essa enzima. Além disso, pequenas quantidades de testosterona são aromatizadas no organismo, formando derivados estrogênicos. Derivados com um anel A saturado, como a mesterolona, são menos propensos a essa aromatização em estrogênios.

Indicações de Uso

O propionato de testosterona é indicado principalmente para o tratamento do hipogonadismo masculino, geralmente em combinação com enantato de testosterona. Essa condição é caracterizada pela produção insuficiente de testosterona pelo organismo, o que pode levar a sintomas como diminuição da libido, fadiga e perda de massa muscular. Além disso, o propionato de testosterona é usado em casos de insuficiência renal aguda, onde soluções oleosas são administradas intramuscularmente para ajudar na recuperação. Também tem aplicações tópicas como adjuvante no tratamento do carcinoma de mama em mulheres pós-menopausa, em alguns distúrbios pós-menopausa e na puberdade tardia em crianças.

Dosagem Recomendada

No tratamento do hipogonadismo masculino, administra-se soluções oleosas intramusculares em adultos, com doses variando de 10 a 50 mg, duas ou três vezes por semana, dependendo da necessidade individual e da resposta ao tratamento. Para pacientes com insuficiência renal aguda, a dose recomendada é de 25 mg por dia, por um período máximo de 10 dias.

Contraindicações

O uso de testosterona deve ser evitado em algumas condições específicas:

– **Gravidez:** Há relatos de virilização do feto feminino após tratamento materno com testosterona ou testosterona metilada durante a gestação. Portanto, seu uso é contraindicado durante a gravidez.
– **Amamentação:** Mulheres que estão amamentando devem evitar o uso de testosterona devido ao possível efeito androgênico no bebê.
– **Porfiria:** Andrógenos não são considerados seguros para pacientes com porfiria, apesar de existirem algumas evidências experimentais contra a porfirinogênese.

Reações Adversas

O uso de testosterona e outros andrógenos pode causar efeitos colaterais relacionados às suas atividades androgênicas e anabólicas. Esses efeitos incluem maior retenção de nitrogênio, água e sódio, o que pode resultar em edema. Além disso, pode ocorrer aumento da vascularização da pele, hipercalcemia, diminuição da tolerância à glicose e incremento no crescimento ósseo. Outros efeitos adversos incluem elevação dos níveis de colesterol LDL, redução dos níveis de colesterol HDL, aumento do hematócrito e da atividade fibrinolítica.

Os andrógenos também podem provocar sintomas como dor de cabeça, depressão e hemorragia gastrointestinal. Em pacientes predispostos, pode haver apneia do sono. Existem relatos de anormalidades nos testes de função hepática, assim como hepatotoxicidade, incluindo icterícia e hepatite colestática, principalmente associadas a derivados 17-alquilados.

Nos homens, doses elevadas podem suprimir a espermatogênese e causar alterações degenerativas nos ductos seminíferos. O priapismo é um sinal de dosagem excessiva, especialmente em homens mais velhos. A ginecomastia também foi documentada. Além disso, os andrógenos podem induzir hiperplasia prostática e acelerar o crescimento de neoplasias malignas da próstata.

Nas mulheres, andrógenos inibem a atividade ovariana e a menstruação. O uso contínuo pode resultar em sintomas de virilização, que nem sempre são reversíveis após a interrupção do tratamento. Crianças podem apresentar sinais de virilização: meninos desenvolvem precocemente características sexuais, como hipertrofia fálica e ereções frequentes, enquanto meninas podem ter hipertrofia do clitóris. Alguns meninos podem desenvolver ginecomastia.

Precauções e Advertências

A administração de testosterona deve ser feita com cautela em pacientes com doenças cardiovasculares, hepáticas, insuficiência renal, epilepsia, enxaqueca, diabetes ou outras condições que possam ser agravadas pela possibilidade de retenção de água ou edema induzido. Não deve ser administrada em pacientes com hipercalcemia ou hipercalciúria, e deve ser utilizada com cautela em doenças que apresentam risco de metástases ósseas. Pacientes com insuficiência hepática não devem tomar derivados 17-alquilados devido ao risco aumentado de hepatotoxicidade; são completamente contraindicados em casos de insuficiência grave.

Andrógenos e esteroides anabolizantes devem ser usados com cautela em pacientes pediátricos devido aos efeitos masculinizantes e ao fechamento prematuro das epífises, que pode levar à inibição do crescimento linear e baixa estatura. Durante o tratamento, é necessário monitorar a maturação óssea. Não deve ser administrado durante a gravidez devido ao risco de virilização do feto feminino. Além disso, andrógenos e esteroides anabolizantes interferem em vários testes laboratoriais, como testes de tolerância à glicose e função tireoidiana.

Interações Medicamentosas

Foi relatado que a testosterona e outros andrógenos e esteroides anabolizantes podem potencializar a atividade de diversos medicamentos, aumentando sua toxicidade. Entre os medicamentos afetados estão ciclosporina, antidiabéticos, levotiroxina e anticoagulantes, como a varfarina. Resistência aos efeitos de agentes bloqueadores neuromusculares também foi descrita.

Restrições de Uso

O uso de propionato de testosterona é contraindicado em casos de hipersensibilidade a qualquer um dos componentes, durante a gravidez e amamentação. Além disso, não deve ser utilizado por pacientes com hipertensão arterial, problemas cardiovasculares, disfunção hepática e renal.

Sobredosagem

Doses excessivas de testosterona podem levar a efeitos adversos significativos, especialmente no contexto do uso ilegal de andrógenos e esteroides anabolizantes por atletas. Esses efeitos incluem anormalidades nos testes de função hepática e neoplasia hepática, aumento do risco de doenças cardiovasculares e redução da tolerância à glicose. Frequentemente, induzem azoospermia ou oligospermia e atrofia testicular em homens, além de amenorreia ou oligomenorreia em mulheres. A ginecomastia é relativamente comum em homens, assim como a virilização em mulheres. Distúrbios psiquiátricos, como mania, hipomania, depressão, agressividade e labilidade emocional, também foram relatados.