Atividade física e exercício físico: diferenças e exemplos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é um dos principais fatores de risco para a mortalidade global: aproximadamente 3,2 milhões de mortes por ano estão relacionadas ao sedentarismo.
A prática regular de atividades físicas está associada a uma série de benefícios para a saúde, incluindo a prevenção de doenças crônicas, a melhora da saúde mental e o aumento da longevidade.
Apesar de parecerem sinônimos, atividade física e exercício físico não são exatamente a mesma coisa. Enquanto toda forma de exercício físico é uma atividade física, nem toda atividade física é um exercício físico — a principal diferença reside na intenção e na estrutura do movimento.
Continue lendo e entenda melhor as diferenças e confira exemplos para as diferentes práticas.
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Definição de atividade física x definição de exercício físico
Atividade física
Refere-se a qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético. Isso inclui, por exemplo, tarefas cotidianas até atividades recreativas.
Exercício físico
Uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva, e que é feita com o objetivo de melhorar ou manter um ou mais componentes da aptidão física.
Resumo da diferença
Atividade física é qualquer movimento corporal que gasta energia, enquanto exercício físico é uma subcategoria planejada, estruturada e repetitiva.
Exemplos de atividades físicas
– Tarefas domésticas, como limpar a casa ou lavar o carro
– Trabalhos de jardinagem, como plantar e regar plantas
– Caminhar para o trabalho ou escola
– Brincar com crianças ou animais de estimação
– Subir escadas em vez de usar o elevador
– Dançar em eventos sociais
Exemplos de exercícios físicos
– Treino de força, como levantamento de pesos
– Aulas de ginástica, como aeróbica ou pilates
– Corrida
– Natação
– Ciclismo
– Calistenia
– Prática de esportes, como futebol, basquete ou tênis
– Yoga
Recomendações da OMS
Com o objetivo de promover a saúde da população e prevenir diversas doenças, a OMS preparou um manual com diretrizes para a prática de atividades físicas para todas as pessoas de 5 a 65 anos.
A divisão por grupos é essencial para atender às necessidades específicas de cada fase da vida, garantindo benefícios e segurança na prática de atividades físicas. Confira abaixo as recomendações.
Crianças e adolescentes (5-17 anos)
Pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada a vigorosa. As atividades devem ser predominantemente aeróbicas, mas é importante incluir atividades que fortaleçam músculos e ossos pelo menos três vezes por semana.
Adultos (18-64 anos)
Pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada por semana, ou 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa.
Uma combinação equivalente de atividades de intensidade moderada e vigorosa também pode ser realizada.
Além disso, atividades de fortalecimento muscular devem ser realizadas em dois ou mais dias da semana.
Idosos (65 anos ou mais)
As recomendações são semelhantes às dos adultos, com um adicional de que atividades que melhorem o equilíbrio e previnam quedas devem ser realizadas em três ou mais dias da semana.
Gestantes e puérperas
Pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada por semana. Exercícios de fortalecimento muscular e alongamento também são recomendados. É importante que essas atividades sejam realizadas sob orientação médica para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Pessoas com condições crônicas ou deficiências
Devem seguir as recomendações para adultos ou idosos, conforme apropriado, mas com adaptações necessárias para suas condições específicas. A atividade física deve ser realizada sob supervisão médica para garantir que seja segura e benéfica.
Confira o manual completo da OMS neste link.
Sobre o uso de suplementos para a prática de exercícios
Além de manter o corpo em movimento, também é muito importante garantir uma dieta balanceada para que a vida seja mais saudável e os riscos de doenças sejam menores.
Leia também: Alimentação saudável e saúde mental: qual é a relação?
Por outro lado, sabemos que nem todas as pessoas conseguem obter todos os nutrientes necessários para a saúde apenas por meio da alimentação. Nestes casos, a melhor alternativa são os suplementos alimentares.
A suplementação é indicada principalmente para quem pratica exercícios físicos intensos devido ao aumento da demanda energética e da necessidade de recuperação muscular. Além disso, existem diversos suplementos que podem potencializar os resultados obtidos através da prática de exercícios.
Alguns suplementos dos suplementos mais utilizados são:
– Whey protein: Auxilia na recuperação muscular e no ganho de massa magra.
– Creatina: Melhora o desempenho em exercícios de alta intensidade e curta duração.
– BCAA (Aminoácidos de Cadeia Ramificada): Reduz a fadiga muscular e melhora a recuperação.
– Ômega-3: Contribui para a saúde cardiovascular e tem propriedades anti-inflamatórias.
– Multivitamínicos: Garantem a ingestão adequada de vitaminas e minerais essenciais.
No entanto, é importante lembrar que os suplementos não substituem uma alimentação equilibrada e devem ser utilizados como parte de um plano alimentar completo e individualizado.
Além disso, nem sempre o suplemento que faz efeito para uma pessoa conhecida irá fazer bem para você. Por isso, também é fundamental que o uso de suplementos seja orientado por um nutricionista ou médico da sua